- 7 - ele disse apostando.
A roleta começa a girar, a bola começa a flutuar sobre todos os números.
Nohan já estava embebedado ao apostar pela quinquagésima vez, já não sabia o que estava fazendo, mas continuava.
- 8 - a moça que cuidava da roleta soltou e aquilo soou como um tiro na cabeça dele, já tinha jogado o resto do dinheiro que levava consigo. Quando virou percebeu a moça que havia ganhado comemorando e levou como um insulto.
- Grande porcaria de vida, não tenho sorte em nada, ditado de merda! - Dizia bufando quando a mulher chegava perto.
- Hey, você sabe que não foi de propósito a minha comemoração né? Apenas fiquei feliz, nunca ganhei nada, principalmente em cassinos. - Nohan foi mal educado e apenas deu de ombros e virou as costas para ela.
No outro dia, acordou de ressaca e de mais mau humor que o normal dele. Levantou e fez um café, como sua mãe dizia quando era mais jovem e chegava nessa situação em casa: "Bem forte pra acordar os neurônios afogados em álcool." Aquilo o fez sorrir, sentia falta de sua mãe.
Nohan tinha seus quase 30 anos, namorara, mas nunca algo sério, e morava sozinho em uma casa no subúrbio de Las Vegas e por isso quase sempre nos fins de semana estava nos cassinos. Nunca fora supersticioso por ensinamentos de seu pai que dizia que era tudo besteira, nada era real e agora sabia que seu pai estava certo.
Quando o relógio apontava para as 9:00 já estava no banco, local qual trabalhava. - Quão irônica a vida é! - pensava todos os dias ao chegar lá. Entrou em sua sala e começou a rotina que ele já chamava de Amada Tediante, mas gostava de estar ali, ocupado, sempre.
Nohan acreditava em poucas coisas, confiava em mínimas pessoas e se afogava em apostas e no trabalho, nunca perdeu o controle nas apostas, mas sempre jogava. Mesmo não crendo na sorte, acha que um dia o jogo vira e que o dia dele estava próximo.
No fim do expediente, correu para casa, se aprontou e correu para o cassino, na mesma roleta apostou:
- 7 - A mulher era também a mesma e se lembrou dele, desta vez não estava bêbado, estava plenamente consciente, a roleta girou, a bola flutuou por alguns segundos e em seguida parou. A mesma menina que ganhara da última vez chegou perto dele e falou: - Então, sorte ou azar?
O mini conto está disponível aqui
Muito bom esse conto, parabéns pela criatividade.
ResponderExcluirArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Nossa adorei...estou virando fã de contos e esse achei muito bom mesmo. Parabéns pelo conto e pelo blog. Sucesso :)
ResponderExcluirBeijokas da Quel ¬¬
http://literaleitura2013.blogspot.com.br/